7.5.08

19 Pedras

O saco já vai pesado,
E a sua abertura sempre esteve à vista.
Já se contam dezanove pesadas pedras,
Que me torturam a coluna.
As ultimas cinco, sim as ultimas cinco...
Essas sim, descrevem os maiores vincos da minha coluna.
De tão pesadas que essas pedras são.

Não me posso queixar.
Estas ultimas pedras deram-me importância.
Mais do que isso, deram-me a conhecer as importâncias
Que me têm definido como importância.
Viva ou morta,
Assassina ou assassinada.
Não me posso queixar,
É para essas importâncias que trabalho todos os dias
Para corrigir erros passados,
Que esganam o fino pescoço do futuro.

Quero que as importantes pessoas que me circundam me matem!
Que seja uma morte rapida.
Que não provoque dor nem agonia,
Que seja à faca fria
Se assim o for necessário.
Pois é para elas que vivo
E é para elas que morro.

Que se montem os puzzels,
Feitos tal e qual um Mondrien.
Só quero acaba-lo
Antes de chegar ao cimo do saco.
Não quero deixar nenhuma peça por colocar!
E mais tarde ou mais cedo,
Bem ou mal, elas irão ser colocadas
Like a jigsaw swing...