25.3.09

ecos da náusea

(eu deixei de ver o que queria ver,
o vento passou e não deixou nada,
nada que se visse,
apenas ecos da náusea
que me preenchem vazios por todo o corpo.)

Vladimir não gostou do que viu,
Vladimir não gostou do que ouviu,
Vladimir despediu-se do mundo 
e jurou nunca mais voltar.

ninguém, sabe o que aconteceu.
apenas sobrou vazio, silêncio.
ninguém sabe se há amanhã.
Vladimir pegou na sua mala, despediu-se do mundo
e jurou nunca mais voltar.

do fundo do poço, alguém gritou,
Vladimir para onde vais?
o que ficou para trás não foi nada mais do que uma cara azul-indigo.
Vladimir deixou de falar ao mundo,
e jurou nunca mais se calar. 

13.3.09

o passsado é sempre imperfeito,
mas por mais imperfeito que seja
há sempre momentos perfeitos
que fazem valer a pena 
qualquer resto de passado imperfeito.

7.3.09

cinco anos, quatro meses nenhum dia

o pássaro da indiferença
descansa em paz.
pegou nas suas coisa
e remou até a cisma.
o seu pai já não lhe fala à cinco anos
e ele já não sabia o que fazer consigo-
tudo mudou.
finalmente encontrou um novo sitio par morrer longe,
já só lhe basta enterrar a sua cabeça
a pensar no vazio que não é o branco.
seja como for é a cisma
que o cuida, que o protege
do céu nublado
que lhe corta as asas.