21.1.09

fascista? desumano? não é o meu nome! não é o meu nome!
o vazio não passa de um falso nada , que nos invade o espírito e que nos leva a uma cegueira errónea, impingida por uma visão irreal.
hoje já não estou a espera.
já esqueci o dia em que toquei o mar, e agora sei que tudo não passou de erosão, um pleno desgaste do que nunca fomos.
isto é só mais uma pedra no meu saco.
as costas já não me doem.
já só me doem as pernas de tanto correr.

só tenho pena de nunca ter visto a bandeira de meta. espero que te divirtas no teu carrocel. pode ser que nos vejamos num dia destes.
não era suposto trazer algo mau para aqui,
não era suposto eu ter a ambição de sair daqui.

eu só queria ser alguém uma vez mais.
um dia, é só um desejo.

20.1.09

oxalá um dia a memória se cale de uma vez por todas.
o seu silêncio, neste momento seria mais consolador.
eu sei que é estranho, mas quero sentir sem memória.
é que a sua persistência tende em ferir-me e um dia destes há-de magoar mais alguém.
ela foi viver para longe.
fez dos seus olhos fechados, moradia.
desvaneceu-se na tundra,
na sua pele pálida, branca,
com restos de desejo que nunca existiram.