O café escoa-se até ao fundo da chávena
Com pernas curtas, que o reduzem ao seu fundo.
Por mais estranho que pareça,
Ele gosta,
E delicia-se por estar nos lábios de quem o degula.
Ele sabe que é um acto irreversivel,
Mas mergulha pela garganta a dentro,
Sem ter medo do escuro, nem do aspecto claustrofóbico
Das paredes cavernosas.
Pronto. Acabou.
Estava um pouco amargo.
Mas quem sou eu para dizer quem é ou não amargo?
Ainda bem que o café não é droga.
Provávelmente teria de ir uma reabilitação.
Teria de admitir que era um drogado.
Sim, adimitir seria o começo da desintoxicação.
É que a verdade custa a subir à superfície
E a mentira veste uma escura toga.
Acabo de pedir mais um café.
12.12.07
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