25.3.09

ecos da náusea

(eu deixei de ver o que queria ver,
o vento passou e não deixou nada,
nada que se visse,
apenas ecos da náusea
que me preenchem vazios por todo o corpo.)

Vladimir não gostou do que viu,
Vladimir não gostou do que ouviu,
Vladimir despediu-se do mundo 
e jurou nunca mais voltar.

ninguém, sabe o que aconteceu.
apenas sobrou vazio, silêncio.
ninguém sabe se há amanhã.
Vladimir pegou na sua mala, despediu-se do mundo
e jurou nunca mais voltar.

do fundo do poço, alguém gritou,
Vladimir para onde vais?
o que ficou para trás não foi nada mais do que uma cara azul-indigo.
Vladimir deixou de falar ao mundo,
e jurou nunca mais se calar. 

2 comentários:

patrícia disse...

essa do vladimir bateu cá fundo nos confins de mim.
fez eco.

keyser söze disse...

por isso e que ele jurou nunca mais se calar