31.8.08

Porta 55

Para lembrar do que fui,
Para esquecer a escoria que sou,
Quero limpar a ardósia
Que deixaste escrita.

Parto a cabeça ao meio
Para cheirar o mofo interior da insanidade.

Já tenho o estômago colado às costas de tanta desilusão.
Uma vez que todos nascemos das sombras,
Experimenta andar com os meus pés,
Vais ver como é difícil seguir em frente.
Se passares pela porta 55,
Diz ao dono da casa:
O fim está para breve;
A visão anula-se;
E o pulso começa a enfraquecer.

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